segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Choque de realidade, meu bem.

Às vezes (ou o certo seria "muitas vezes"?), é preciso ouvir coisas duras para tomar a difícil decisão de enfiar o dedo na tomada. Suicídio? Não, não. Choque de realidade, meu bem. Aí você sua, se descabela, incha a cara e, no fim, no fim vai dormir achando que a vida é bela, que Deus é lindo, Gil é lindo, Caetano é lindo. Ou nem tanto assim, mas o suficiente para que o dia seguinte seja melhor. E de fato é. Só que o destino às vezes (eu disse "às vezes" novamente?) apronta com você no meio disso tudo e coloca o rabinho do diabo à mostra. "Eu tô aqui, eu tô aqui". E o que se faz nessa hora? Não sei o que Buda faria, mas eu mentalizo o azul-calcinha, sento na ponta da cadeira, bem chique, jogo a cabeleira para os lados e repito três vezes que nada há de me afetar, por todo o sempre, amém.

Porque se a vida não tem sido boazinha e generosa, há de se viver apesar de. Continuar, apesar de. E permanecer de pé, peito aberto, bunda ereta, coração tranqüilo, e agora sem os saltos altíssimos, porque ser pequeno é a melhor forma de também ser grande.

Acordei hoje com vontade de me esguelar até perder a voz...gritar pros quatro ventos o quanto eu sou feliz, por ter uma família linda, amigos lindos, pessoas que gostam de mim de verdade apesar dos meus muitos defeitos. Obrigada pela paciência de sempre!!!

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