quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O poder do perdão.

Dentre todos os ensinamentos das Escrituras, a instrução para perdoar os que nos ofendem é uma das mais difíceis de obedecer. A tendência humana é agarrar-nos a ofensa, cuidar de nossas feridas e guardar ressentimentos. Ou, no mínimo, nos desligarmos para sempre do indivíduo que originou nosso sofrimento, para não sermos mais feridas por ele.
Perdoar, não significa necessariamente esquecer. Podemos lembrar, mas decidimos não permitir que a lembrança nos amargue. Não repassamos a ofensa repetidamente em pensamento. Perdoar não quer dizer que o objeto de mágoa seja insignificante. Se fosse, não precisaria de perdão. Devemos, porém, lembrar que o ato de perdoar não exime a pessoa do erro, mas liberta do peso de carregar a mágoa, o sofrimento e o ressentimento. Pode deixar tudo isso para trás e continuar sua vida.
Quando decidimos não perdoar, acabamos presas no passado e andando nas trevas. Por não podermos ver claramente, tropeçamos confusas. Nosso julgamento é prejudicado e nossas ações são passíveis de erro. Ficamos fracas, doentes e amargas. A falta de perdão é notória e perceptível no rosto, em palavras e atos. As pessoas percebem, mesmo que não possam identificar especificamente o fato, e não se sentem confortáveis em nossa companhia.
A boa notícia é que, ao decidir perdoar, não somos as únicas beneficiadas, beneficiamos também aos que nos rodeiam.

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